João adora ir a livraria, é um lugar que lhe acolhe. Sua mente se envaidece e vê em cada livro uma solução fácil para um problema diferente de sua vida.

Problemas que nem sabia que tinha.

Passa por títulos sobre como enriquecer, e pensa como seria bom ter mais dinheiro.

Na seção como socializar, imagina-se rodeado pelos amigos que ainda não tem.

Ao chegar na de filosofia, projeta-se resolvendo seus problemas existenciais e ainda posando de intelectual.

João orgulha-se de ser um leitor de carteirinha, daqueles sabem de tudo sobre livros, gêneros e curiosidades.

Ao final da caminhada pelos corredores, escolhe um de educação financeira com uma capa chamativa, vai ao caixa e dá início à construção da riqueza… do autor do livro.

Livros não mudam vidas

Você deve conhecer uma pessoa que estuda e lê muito, mas está longe de ser exemplo.

Pessoas que leem apenas para criticar o “brasileiro que não lê”. Nestes casos, a leitura é como um partido, um instrumento que separa partidários dos alienados.

Já participei de grupos de estudo e leitura em que a única diferença para uma briga de meio de rua eram os termos empregados para ofender, ao invés de idiota usavam estulto, obtuso, mentecapto.

Perceba, todas eram leitores ávidos.

Se os livros não mudam vidas, para que eles servem?